segunda-feira, 3 de setembro de 2007

A PROPÓSITO DE UM REPTO NO MINISCENTE QUE DÁ QUE PENSAR

OS LIVROS QUE NÃO MUDARAM A NOSSA VIDA...

Subtítulo: Entendimento Light para não engordar o cérebro.

Sou da opinião, uma opinião que surge exactamente agora e como não vem de longe é tão fundamentada quando o instinto, de que os livros são coisas do seu dono. Sejam de belo porte e senhora raça, ou vadios desgraçados, só são tristes e perdidos quando não têm dono.

Os únicos livros que li e não mudaram a minha vida substancialmente foram os romances cor-de-rosa da minha adolescência. E mesmo assim só porque fiquei chateada quando cresci e o raio do príncipe tinha um automóvel e cheirava mal da boca. Espero que as autoras de quem já não me lembro, se sintam felizes com os seus caniches cor de princesa, e mudem a vida de alguma pobre infeliz, com as suas mensagens de guardem-se puras para o beijo fatal.
Isso é tudo muito importante porque o mundo já não tem virgens e nem homens a cavalo, o que é uma desgraça.

Portanto, quando um autor tem mais a dizer do que, guarda-te virgem e espera o almoço gémeo servir-se no prato do teu cálice maduro, eu acho tão bom que leio tudo com gula de principiante.

Assim, tenho a dizer que livros maus e bons que não mudam a vida de pessoas, são tão sinistros quanto os livros vazios e muito pouco sentidos que não servem de casaco de abrigo ao autor. Graças a Deus ainda não conheci nenhum.

Virginia Lobo do Kassembe

1 comentário:

Patrícia Grade disse...

Nina, o repto que foi colocado ao miniscente é para críticos literários que ganham a vida a avaliar livros. É claro que ler por profissão é um sonho tornado realidade, mas não é menos verdade que ter de ler tudo sem critério, para avaliar, deve ser do pior que há. Quase como ser crítico culinário e ter de meter no bucho qualquer coisa, só para apreciar o chef...
Mas estou contigo no que dizes. Eu não me recordo de um livro que não tenha mudado a minha vida. Houveram os que me mudaram a maneira de pensar, os que me fizeram ver algumas coisas de outra forma, aqueles que me fizeram ver os autores como seres humanos e não deuses e os outros que me fizeram endeusar o autor pela capacidade absolutamente extraordinária de tornar algo simples na mais formidável estória.
Os livros mudaram todos a minha vida, mas também... eu pude escolhê-los e eles a mim... e isso... faz toda a diferença!