quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Hoje sinto-me assim...


Pegando num post do alf venho aqui confessar-me, como mulher e como leque. Estou agitada pelas saudades hoje. As saudades de bons amigos que partem, as saudades de bons amigos que ficam e... acima de tudo... as saudades de mim quando estou com eles!
É... tenho andado ausente de mim, desde um belo dia de Verão, o mais quente do ano, em que antas e cromeleques ganharam vida e de entre eles vi surgir uma fada, um druida, um gigante das letras, uma musa inspirada, uma bela ninfa e três pequenos duendes, levando-me em braços ao lado do meu consorte, por entre caminhos de pedras e terra, suando em bica, cheirando o solo misturado com os aromas de milhares de anos e as promessas do dia que viria depois...
Entretanto tudo se passou rapidamente. O mundo em que entrei de seguida deixou-me num êxtase avassalador até hoje. O dia acabou depressa demais, os amigos que revi e os outros que fiz deixaram as saudades que vêem escritas neste solo arenoso e que está também gravado a fogo no peito.
Amanhã parte uma amiga irmã para o outro lado do mundo e durante um ano vou viver em suspenso, aguardando a sua volta, ansiando por novas suas em formato digital e no entretanto vou salivando por mais.
Daqui a dias partirá uma outra amiga que temo muito tenha perdido a confiança em mim. Pior do que isso, esteve aqui a dois passos da minha mão e eu deixei-a voar sem sequer lhe vislumbrar as asas! Imperdoável... é o que dá andar-se ausente do corpo e deixar-se o espírito vogar livre por outras paragens!
Aos outros amigos que vão agitando os leques ao sabor do calor suave deste Verão, peço que não me levem a mal, mi casa es su casa, quando bem entenderem... mesmo que eu não esteja nela!
É que esta casa já se habituou de tal forma a albergar espíritos livres e ávidos leitores, que já funciona sem mim na sua protecção...
Para os outros que não me conheciam ainda deixo um repto... A minha escrita anda desmaiada, triste, esbatida. Existe por ai uma alma caridosa que faça sobressair em mim tudo o que tem de belo, alegre, indomável?
Vamos lá pessoal... se é de agitar que se trata, eu torno-me já um leque ao vosso dispôr...

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